O Imperialismo foi o processo de expansão do domínio territorial dos europeus por todo o mundo, especialmente na África e na Ásia. Ele ocorreu principalmente no século XIX, quando inúmeras potências europeias se voltaram para o ultramar. Elas buscavam matérias-primas, mercados consumidores, fontes de prestígio nacional e regiões para receber excedentes populacionais. Em alguns casos, elites subjugadas optaram por aliar-se aos europeus, como forma de manterem seus privilégios. Todavia, em meio ao povo periférico em geral, surgiram várias reações contra o domínio estrangeiro, as quais desembocariam nos movimentos de libertação nacional do século XX. Para compreender o Imperialismo, é fundamental abordar as suas causas, as ideologias que o fundamentavam, e os interesses de cada uma das potências europeias. Além disso, importa tratar do papel da Conferência de Berlim (1884-1885) e de casos específicos de Imperialismo na África e na Ásia.
Causas do Imperialismo
Segundo o historiador John MacKenzie, o Imperialismo pode ser explicado de diversas maneiras, porém uma explicação adequada precisa articular múltiplos fatores: fatores europeus e periféricos, fatores econômicos e não econômicos. Nas palavras de MacKenzie, o imperialismo adveio da combinação de “esperança exagerada e ansiedade sobreaquecida” — isto é, ele passou a ser visto como solução milagrosa para todos os problemas que a Europa vivenciava.
Por sua vez, o historiador James Joll considera que a principal causa para o Imperialismo tinha cunho econômico. A interpretação econômica desse processo foi desenvolvida, pela primeira vez, pelo inglês John Atkinson Hobson e por socialistas germânicos. Todavia, sua versão mais famosa surgiu no panfleto político Imperialismo, Estágio Superior do Capitalismo, publicado por Lênin em 1916. De acordo com Lênin, a Europa da segunda metade do século XIX vivenciava um processo de união entre os capitais bancário e industrial, formando o capital financeiro. Essa concentração de capital teria saturado o mercado europeu de tal forma que os investimentos no continente deixaram de trazer bons lucros. Diante disso, Lênin defendia que teria surgido uma busca por novas oportunidades de investimento, seguidas de anexações de territórios como forma de proteger o capital investido neles. Em última instância, para Lênin, o imperialismo seria oriundo do capitalismo, e levaria a uma guerra.
Outra causa para o Imperialismo tinha cunho político, e foi articulada pelo historiador holandês Henk Wesseling. Na opinião dele, o Imperialismo adviria dos nacionalismos exaltados e das rivalidades entre os países europeus. Isso ocorria porque, enquanto países como a França e a Grã-Bretanha buscavam posses no ultramar como forma de resgatar o orgulho nacional, países recém-criados como a Alemanha e a Itália invejavam as colônias alheias e queriam mais territórios. As populações desses Estados costumavam apoiar as empreitadas imperialistas, porque simpatizavam com o teor xenófobo delas e eram favoráveis à suposta “evangelização” dos povos não ocidentais. Além disso, os próprios governos apoiavam a atuação externa de empresas privadas, porque elas serviam a interesses estratégicos mais amplos. Por exemplo, Bernhard Dernburg, Joseph Chamberlain e Charles Jonnart eram políticos e empresários ao mesmo tempo — o que demonstra a próxima relação entre a política e o setor privado.
Uma terceira causa para o Imperialismo foi explicada por Cecil Rhodes, um colonizador britânico que atuou na região da atual África do Sul. Para ele, embora o Imperialismo tivesse múltiplas motivações, a principal delas seria uma motivação de teor social: servir como válvula de escape para excedentes populacionais. Naquela época, os avanços na tecnologia e na medicina permitiam uma ampliação da população europeia, porém muitas pessoas não se sentiam adequadamente inseridas na economia do continente. Com isso, ganhavam força movimentos de contestação, como o Marxismo. Assim, vários governos passaram a defender o envio de alguns cidadãos para o exterior, de modo a minar esses movimentos e garantir a estabilidade social.
Outras causas para o Imperialismo, que têm menos destaque na historiografia, foram as seguintes:
- Os europeus precisavam de matérias-primas do restante do mundo (mas eles sempre as obtiveram, mesmo antes do Imperialismo).
- Os estadistas europeus queriam usar territórios no ultramar como moeda de barganha em negociações políticas (mas isso não explica todas as instâncias de imperialismo).
- O Imperialismo surgiu devido a questões eminentemente africanas: o endividamento dos africanos com a Europa, a queda no preço das commodities, e a colaboração de elites africanas com os colonizadores (mas isso não explica a prevalência do Imperialismo em outras regiões).
Vale ressaltar que o Imperialismo apenas foi possível graças a uma série de fatores, os quais tornaram viável a ocupação de outros continentes:
- Avanços tecnológicos: Devido à Revolução Industrial, a popularização de ferrovias, navios a vapor e telégrafos permitiu a formação de linhas de transporte e comunicação regulares entre os países.
- Avanços medicinais: Com a descoberta da penicilina, um antibiótico, e da quinina, um medicamento contra a malária, os europeus tornaram-se menos vulneráveis às doenças dos países tropicais. Isso facilitou uma ocupação de longo prazo deles.
- Avanços bélicos: Os europeus criavam armamentos cada vez mais sofisticados, como as metralhadoras. Essas armas ocasionaram um desequilíbrio de forças entre os europeus e os demais povos do mundo, facilitando guerras de conquista territorial.
Bases ideológicas do Imperialismo
O Imperialismo era sustentado por duas ideologias relacionadas entre si:
- Darwinismo social: A ideia de que os Estados estariam em uma constante luta pela sobrevivência e que algumas raças seriam superiores às outras — em especial, a raça branca seria superior às raças negra e amarela. Como consequência disso, as raças consideradas superiores deveriam expressar essa superioridade, subjugando as inferiores. Alguns anos depois, essa ideia serviria de inspiração para o antissemitismo e para a noção de pureza racial dos povos arianos, defendida pelos nazistas.
- Fardo do homem branco: Trata-se de uma expressão criada em um poema de Rudyard Kipling, um dos maiores entusiastas britânicos do Imperialismo. Essa expressão passou a significar que o homem branco teria a missão de levar a civilização ocidental e a religião cristã a todo o mundo. Um exemplo desse pensamento pode ser visto no conto infantil Tarzan, que relata a história de um homem branco que se torna o rei da selva.
Os interesses das potências imperialistas
Na segunda metade do século XIX, cada uma das potências europeias tinha um interesse distinto e, portanto, engajava-se no Imperialismo de forma diferente.
A Grã-Bretanha adotava políticas diferentes para cada território que possuía. Em via de regra, as áreas com o predomínio de colonos europeus ganhavam para si o direito ao autogoverno — como observado no Canadá, na Austrália e na Nova Zelândia. Na Índia, onde a população era variada e distinta da europeia, os britânicos exerciam maior controle. Por fim, na África e na Ásia, a subjugação das populações era bem maior, e a Grã-Bretanha buscava conquistar cada vez mais territórios, porque queria contrastar a expansão dos Estados Unidos e da Alemanha, e queria ter acesso a produtos baratos (em meio a um cenário de protecionismo por parte da França e da Rússia).
Portugal já não tinha mais a glória de seus tempos de Grandes Navegações, porém pôde explorar os fortes que havia construído no litoral africano desde o século XV. O grande interesse dos portugueses era reivindicar aquilo que consideravam ser um “direito histórico” deles: unir Angola a Moçambique em um grande território. Essa ideia era simbolizada pelo chamado “Mapa Cor-de-Rosa”, que ilustrava a junção das duas principais posses portuguesas na África. Todavia, esse projeto atrapalhava as ambições da Grã-Bretanha, que queria construir a Ferrovia Cabo-Cairo, para ligar o continente africano de Norte a Sul, da Cidade do Cabo (na África do Sul) até Cairo (no Egito). Os britânicos deram um ultimato contra os portugueses, fazendo-os desistir de seu “direito histórico”.
A França tinha uma postura ambígua quanto ao Imperialismo. Inicialmente, a sociedade francesa não se entusiasmava tanto por ele — nem mesmo por seus aspectos comerciais. Todavia, havia fatores que incentivavam uma expansão francesa: as pretensões imperiais de Napoleão III, a vontade de vingar-se da Alemanha após a derrota de Paris nas guerras de unificação alemã, e o desejo de divulgar a cultura francesa por todo o mundo. Com o incentivo dado por esses fatores, a França lançou-se em empreitadas imperialistas. Posteriormente, setores comerciais franceses, ligados aos portos de Bordeaux e Marseille, passariam a defender a participação do país nessas empreitadas.
A Itália e a Alemanha eram países recém-criados, os quais viam a aquisição de posses no ultramar como uma forma de adquirir prestígio. A Itália era bastante povoada e queria colonizar o Norte da África para acomodar seu povo (em vez de migrar para a América) e recriar uma espécie de “Império Romano”. Na Alemanha, inicialmente, o chanceler Otto von Bismarck era contrário ao imperialismo. No entanto, ele viu-se forçado a mudar de opinião após estimular o crescimento de grupos favoráveis ao expansionismo, por motivos eleitorais, e acabar sendo pressionado por tais entidades. A partir de 1890, sem Bismarck, mas com o monarca Guilherme II no poder, a Alemanha entraria de vez na corrida imperialista, por meio da chamada Weltpolitik (política mundial).
Embora fosse uma tradicional potência eurasiática, a Rússia não tinha grandes pretensões fora de sua vizinhança. Na verdade, ela pretendia expandir-se às custas dos países do seu entorno, fazendo com que os povos deles aderissem à cultura russa. Isso ficava explícito nas relações entre os russos e o Leste Europeu, a Sibéria, e a Manchúria. Por exemplo, em razão de uma disputa pelo controle da Manchúria e da Coreia, sucedeu-se a Guerra Russo-Japonesa (1904-1905) — um conflito que foi vencido pelos japoneses. Na sequência da derrota russa, a Grã-Bretanha realinhou-se em termos de política externa, reforçando a sua aliança com o Japão ao mesmo tempo em que resolvia diversas disputas com a Rússia na Ásia Central, com a Convenção Anglo-Russa (1907).
Dentre as mais importantes potências europeias, aquela que não se engajou no Imperialismo foi o Império Austro-Húngaro. Ela era uma monarquia dual, composta pelo Império Austríaco e pelo Reino da Hungria, que partilhavam o poder. Esses Estados pouco se interessavam por aventuras no exterior, uma vez que preocupavam-se com o seu entorno geográfico: os Bálcãs, uma região que era bastante volátil politicamente. Além disso, a Áustria-Hungria tinha acesso limitado ao mar aberto, apenas por meio do Mar Adriático, o que dificultava quaisquer esforços de conquistar territórios em outros continentes.
O Imperialismo na África e a Conferência de Berlim
Embora já existissem missionários, comerciantes e exploradores europeus na África desde antes de 1880, até aquele momento não havia o interesse em controlar politicamente o continente. Como se queria apenas garantir o fluxo de comércio, uma ocupação permanente era considerada custosa e desnecessária. No entanto, a partir da década de 1880, os europeus passaram a querer exercer maior controle sobre a África, o que estimulou a colonização do continente.
Estes foram alguns dos destaques do Imperialismo na África:
- Egito: A França e a Grã-Bretanha forçaram o país a abrir mão do desenvolvimento autônomo, endividando-o em níveis cada vez mais insustentáveis. Para alguns especialistas, a partilha da África teria começado em 1869, quando foi inaugurado o Canal de Suez — construído pela França e posteriormente administrado pela Grã-Bretanha. Esses países disputavam o controle sobre o Egito e sobre o Sudão, situado ao Sul.
- Marrocos: Essa região era disputada pela Alemanha, pela Espanha e pela França. A cobiça alemã sobre ela gerou duas crises marroquinas: a Crise de Tânger (1905) e a Crise de Agadir (1911). Por fim, o Marrocos foi dividido entre espanhóis e franceses, com a anuência da Grã-Bretanha.
- Malta e Chipre: Ambos foram ocupados pelos britânicos.
- Argélia e Tunísia: Ambos foram ocupados pelos franceses.
- Líbia: Ela foi invadida e ocupada pelos italianos.
- Nigéria: Tornou-se uma colônia britânica, apesar das objeções de um Comitê da Câmara dos Comuns que era contrário ao Imperialismo.
- Zanzibar: Essa região era um importante entreposto comercial, controlado por povos muçulmanos. A Grã-Bretanha e a Alemanha disputavam-na e resolveram partilhá-la por meio do Tratado de Heligolândia-Zanzibar (1890). Esse acordo previa que Zanzibar e algumas outras regiões próximas ficariam com os britânicos, porém eles renunciariam ao controle de parte da Namíbia e da ilha de Heligolândia. Essa ilha situa-se no Norte da Europa, e sua posição era estratégica porque ficava perto de bases navais alemãs.
- Etiópia: Os italianos tentaram invadir essa região, mas não conseguiram. Os etíopes eram uma exceção em seu continente, porque eram um dos poucos povos que não foram colonizados.
- África do Sul: Essa região havia sido dominada primeiro pelos holandeses, mas, no Congresso de Viena, o domínio sobre ela havia sido atribuído à Grã-Bretanha. Quando os britânicos descobriram minerais lá, buscaram consolidar a posse sobre o território. Entretanto, os povos bôeres, descendentes de holandeses, opuseram-se a isso e lutaram duas Guerras dos Bôeres. Ao final desses conflitos, a Grã-Bretanha saiu vitoriosa e criou a União Sul-Africana, um Domínio da Coroa com relativa autonomia política.
A região do Congo era particularmente cobiçada pelas potências europeias, visto que nela existiam abundantes reservas de recursos naturais e sua localização era favorável para escoar produtos para todo o continente africano. Em especial, Portugal, França, Inglaterra e Bélgica tinham interesse na região. O rei belga Leopoldo II era um dos maiores entusiastas da ocupação do Congo e, para concretizá-la, aliou-se ao explorador Henry Stanley. Na Conferência de Berlim (1884-1885), os países europeus decidiram que Leopoldo II poderia apossar-se da região, porque ele prometeu garantir o livre comércio nela e defender os interesses dos congoleses. Todavia, o recém-criado Estado Livre do Congo foi um retumbante fracasso: a população local sofreu diversos abusos de direitos humanos, perpetrados pelos belgas, e Leopoldo viu-se forçado a ceder o controle de suas posses africanas para o Parlamento da Bélgica.
Um equívoco comum relativo à Conferência de Berlim é considerar que ela teria reunido os maiores estadistas europeus para realizar a “partilha da África”. Na verdade, essa reunião contou com a presença de representantes do segundo e do terceiro escalão da diplomacia europeia, e seu intuito principal foi apenas resolver a controvérsia relativa à posse do Congo. Além disso, nas discussões realizadas em Berlim, os países entraram em acordo quanto a alguns princípios que deveriam nortear o Imperialismo no continente africano:
- Ocupação efetiva do território: Os países imperialistas deveriam notificar uns aos outros quando ocupassem um território. O intuito dessa medida era impedir que se sucedessem disputas em antecipação, por regiões que ainda não teriam sido ocupadas.
- Proibição da escravidão: Ao contrário do ocorrido na época das Grandes Navegações, os europeus consideravam a escravidão como uma prática imoral. Por esse motivo, ela seria proibida.
- Limitação da venda de bebidas alcoólicas para os africanos: Essa prática também era considerada imoral.
- Livre circulação das missões religiosas católicas: Católicos e protestantes teriam liberdade para atuar em quaisquer territórios, independentemente da religião de seus governantes.
O imperialismo na Ásia
Na Ásia, as principais regiões nas quais ocorreu o imperialismo foram a Indochina, a Índia e a China:
- Indochina: é a parte continental do Sudeste Asiático, onde atualmente se encontram o Vietnã, o Camboja e o Laos, entre outros países. A Indochina foi ocupada pela França do Imperador Napoleão III na segunda metade do século XIX. A partir de então, os franceses não apenas exploraram economicamente a região, mas também contribuíram para desenvolver os sistemas de saúde e de educação locais. Todavia, a colonização também deixou marcas deletérias na população subjugada, as quais acarretariam a formação de movimentos de libertação nacional no século XX.
- Índia: Embora os franceses tenham tentado ocupá-la, a Grã-Bretanha manteve o controle que exercia sobre os indianos desde o início das colonizações europeias pelo mundo. A administração colonial ficava a cargo da Companhia das Índias Orientais, que impedia a formação de manufaturas indianas, cobrava impostos, e reprimia os trabalhadores. Com o tempo, surgiriam movimentos de contestação ao domínio inglês, como a Revolta dos Sipaios (1857). A Índia apenas se tornaria um país independente no século XX, sob a influência de Mahatma Gandhi.
- China: A China continha uma tradição milenar, porém estava fechada ao comércio com o resto do mundo. Em meados do século XIX, as potências estrangeiras passaram a ter interesse em forçar a abertura da China para o comércio. Nesse sentido, foram travadas duas Guerras do Ópio, nas quais a Grã-Bretanha e a França derrotaram os chineses e obrigaram-nos a ceder territórios, conferir privilégios aos estrangeiros, e permitir a venda de ópio na região. Além disso, para impedir que os europeus tivessem preponderância no domínio da China, os Estados Unidos implementaram a Política de Portas Abertas (1889), segundo a qual todas as potências deveriam ter acesso à China em condições de igualdade.
Um caso peculiar do Imperialismo na Ásia foi o do Japão, porque o país não chegou a sofrer com a dominação estrangeira. Assim como a China, o Japão também era fechado ao comércio exterior. Em 1853, o Commodore Perry, um navegador estadunidense, tentou forçar a abertura do Japão ao mundo. A sociedade japonesa logo dividiu-se entre aqueles que defendiam a abertura e aqueles que defendiam a manutenção do status quo. Por causa disso, sucedeu-se uma guerra civil, a qual levou ao poder um grupo modernizador, liderado pelo Imperador Meiji, também conhecido como Mutsuhito. Ele realizou reformas que tornaram o país uma potência imperialista, disputando junto com os europeus e com os Estados Unidos pelo controle da China e de seus arredores.
Outro caso peculiar foi o do Afeganistão e da Tailândia. Ambos esses países permaneceram relativamente independentes na época do Imperialismo. O Afeganistão era uma zona-tampão entre a Rússia e as posses britânicas no subcontinente indiano. A Tailândia, então conhecida como Reino do Sião, era uma zona-tampão entre a Índia britânica e a Indochina francesa. Os siameses tentaram esboçar uma reação contra o Imperialismo, porém acabaram sendo forçados a aceitar a assinatura de tratados desiguais com os europeus.
Conclusão
O Imperialismo não foi uma continuação do processo de colonização realizado pelos europeus desde o século XV. Na verdade, trata-se de um fenômeno mais recente, iniciado na segunda metade do século XIX. Atualmente, considera-se que havia muitos fatores impulsionando as potências europeias a conquistar territórios no ultramar: a busca por novos investimentos, o interesse em estimular o nacionalismo, e o desejo de minar movimentos contestatórios em solo europeu, por exemplo. Cada potência tinha o seu próprio interesse nacional a defender, e ele servia como base para as expansão territorial ao redor do globo. As principais áreas de atuação do imperialismo foram a Africa e a Ásia, mas os efeitos desse fenômeno foram sentidos em todo o mundo. Para alguns autores, por exemplo, as disputas imperialistas foram uma das principais causas de longo prazo para a eclosão da Primeira Guerra Mundial.
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